As crises fazem parte da história da humanidade e da evolução econômica ao longo do tempo, sem elas, grandes oportunidades de inovação e novas formas de fazer negócios ao redor do mundo jamais teriam ocorrido.
Fato é que ninguém consegue prever exatamente quando virá a próxima crise, porém no atual momento em que nos encontramos, evidências não faltam para apontarmos que a próxima crise não demorará muito para bater a nossa porta:
- Guerra comercial (EUA x China)
- Coronavírus
- Recessão Européia
- Crise Argentina
- Revoltas Populares na América Latina
- Queda nos Lucros da Apple
- Investidores Estrangeiros Retirando Capital do Brasil
- Múltiplos do Ibovespa 25% acima da Média Histórica
Achou muito? Espera que tem mais:
- EUA x Irã (clima de guerra)
- Dólar atingindo máxima histórica
- Ouro atingindo máxima histórica
- Criptomoedas atingindo máximas históricas.
- Warren Buffet com mais de $ 120 bilhões em caixa (ou seja, não vê boas oportunidades de investimento no momento)
Todos esses fatores em conjunto ditam um tom de cautela ao redor do mundo, em especial em países da Ásia, Europa e América Latina.
Mas e o Brasil, como fica em meio a tudo isso?
No Brasil, por incrível que isso possa parecer, o tom é totalmente diferente do resto do mundo, onde prevalece um discurso mais otimista, muito em função das possibilidades a cerca das reformas que estão circulando no congresso e a atual conjuntura de nossa política econômica, com recentes cortes na taxa Selic, impulsionando a procura dos investidores locais pelo mercado de renda variável, gerando um aumento no fluxo de capital e por consequência uma valorização expressiva da bolsa como um todo, cujo valorização em 2019 superou os 30% a.a.
Porém fato é: Não vivemos em uma bolha!
Há quem diga que este cenário otimista está perto do fim (e há quem diga que o grande ciclo de alta está só no começo), e independente se está perto do fim ou se está apenas começando o ciclo de alta, é importante você saber como se preparar para momentos de crise e como proteger seu capital.
03 Formas Simples para Proteger seu Capital de uma Crise
Antes de te passar quais são as 03 formas de proteger seu capital frente a uma crise, é importante conceituar o que é uma crise, que em poucas palavras poderíamos dizer que uma crise é:
“Um colapso econômico que ocorre de maneira inesperada em meio a um ambiente de otimismo elevado.”
Se observarmos as grandes crises que ocorreram no passado, a maioria delas ocorreu de forma inesperada em um ambiente em que as pessoas e o mercado em geral estavam otimistas com o cenário atual. Logo o movimento percebido nas crises é justamente o ilustrado no gráfico abaixo:
Portanto identificar cada um desses pontos e saber se prevenir para aproveitar as oportunidades e ter cautela nos momentos que isso for necessário, ajudam grandiosamente o investidor a preservar seu capital durante uma crise. Porém a grande maioria segue o fluxo contrário, deixando suas emoções falarem mais alto, e o efeito é extremamente danoso:
- Compram na alta (ganância/euforia)
- Vendem na baixa (medo/pânico)
Portanto para você fugir disso e conseguir administrar uma crise com serenidade, foque nos 03 seguintes pontos:
DIVERSIFICAÇÃO: Não deixe todos seus ovos numa única cesta. Uma fórmula bastante adotada para gestão de carteira de ativos e investimentos é:
– 25% em Renda Fixa (Reserva de Emergência com Liquidez Diária – o foco não está em rentabilidade)
– 25% em Fundos Imobiliários (Investimento em imóveis, com uma segurança relativa e podem gerar rendimentos mensais)
– 25% em Ações Internacionais (Investimentos em dólar podem diminuir sua exposição a economia local e favorecer seu portfólio em momentos de crise, visto que o dólar tende a se favorecer nesses momentos)
– 25% em Ações Nacionais (Investimentos em empresas que sofreriam um impacto considerável em momentos de crise, porém até que esse momento ocorra podem potencializar sua rentabilidade e equilibrar sua carteira)
REBALANCEIE SUA CARTEIRA: Acompanhe a flutuação de seu patrimônio periodicamente e realize os ajustes necessários visando manter o equilíbrio disposto na distribuição acima.
UTILIZE SUA RESERVA DE EMERGÊNCIA PARA APROVEITAR OPORTUNIDADES: Em meio as crises é que aparecem as melhores oportunidades de comprar boas empresas a preços baixos. É esse o detalhe que faz com que seja importante os dois pontos anteriores: manter um percentual da carteira em reserva de emergência (que tanto pode ser usado para emergências efetivamente quanto para oportunidades) e fazer o devido balanceamento de sua carteira.
IMPORTANTE: o exposto acima não se trata de uma recomendação de investimentos, apenas uma orientação com fins educacionais.
Atualmente temos aproximadamente 1.800.000 CPF’s cadastrados em nossa bolsa de valores no Brasil, porém cerca de 1.200.000 foram cadastrados no último ano. O que isso significa? Significa que a maior parte das pessoas entrou na bolsa de valores num momento de euforia e nunca vivenciaram uma crise. Seria minimamente prudente entender como se posicionar em momentos como esse?
Se você acha que sim compartilhe esse artigo com aquele seu amigo (a), familiar ou conhecido que começou a investir na bolsa recentemente e faça essa boa ação, ajude alguém a salvar seu patrimônio no futuro.