Desde a campanha presidencial o presidente Jair Bolsonaro apontou a Reforma da Previdência como o ponto de inflexão para que a economia brasileira saia do crescimento medíocre dos dois últimos anos e trilhe um crescimento sustentável e macroeconomicamente saudável. Aportar todas as fichas nisto, me parece um risco.
Os cinco primeiros meses do ano mostram uma letargia quase que geral na economia brasileira. A indústria cai mês após mês, o emprego não reage e a atividade econômica deve fechar o primeiro trimestre no campo negativo. Não há sinais de recuperação; todos estão aguardando a reforma.
No último dia 08 de maio, o Banco Central do Brasil entrou para o time dos que aguardam a decisão do Congresso. Manter a taxa de juros em 6,5% a.a. pela nona vez consecutiva, mostra que a autoridade monetária assume cautela na condução da política monetária.
No seu comunicado, o BACEN deixou claro que a atividade econômica frágil demais incomoda; contudo para a política monetária passar para o campo expansionista, a reforma seria necessária.
Faz-se mister aprovar a reforma o quanto antes. A economia agoniza e a recuperação não é vislumbrada imediatamente. O Brasil tem pressa.