Em uma economia cada vez mais integrada pela globalização financeira que iniciou-se nos idos anos 1990, os movimentos de capitais são cada vez mais instantâneos e com volumes cada vez maiores. A revolução tecnológica com a Internet contribuiu para que a velocidade dos negócios acelerassem - e também as informações.
É sabido também que o mercado financeiro é fortemente influenciado pelas incertezas - maiores incertezas, maiores as corridas para os ativos mais seguros (dólar e títulos do governo norte-americano).
É neste contexto que insere-se informações (ruído) e o mercado financeiro.
A eleição de Jair Bolsonaro trouxe uma onda grande de otimismo com relação ao cenário prospectivo da economia brasileira. A possibilidade da aprovação da Reforma da Previdência, garantindo uma trajetória benigna às contas públicas, pode ser considerada como bússola para o mercado financeiro.
Os ruídos com relação aos próximos passos da aprovação da reforma mexem com o humor do mercado financeiro e, por conseguinte, do seu apetite pelo risco.
De maneira menos impactante, mas ainda com grau de relevância, ruídos dentro do próprio governo tendem a impactar de maneira negativa (marginalmente) no mercado financeiro.
Para que o mercado financeiro continue disposto a manter posições no Brasil, é fundamental que os ruídos políticos e econômicos sejam minimizados. Isto ajudará sobremaneira a diminuir as oscilações na Bolsa bem como na taxa de câmbio. Com maior previsibilidade, maiores investimentos serão aportados no país.